sexta-feira, 4 de setembro de 2020

O Ciclo das Rochas

As rochas são agregados consolidados de minerais (átomos microscópicos organizados, homogêneos, inorgânicos, cristalizados → sólidos simétricos) oriundos de diversos processos da dinâmica terrestre. Elas estão em constantes transformações, tanto interna quanto externamente acompanham a dinâmica da natureza da Terra. É como nos lembra o químico A. Lavoisier: "na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", assim também ocorre com esses elementos mais duros da natureza, as rochas. Em variantes temporais de milhares de anos ou em curtas atividades tectônicas, vulcânicas, temos o ciclo das rochas.


Apesar disso tudo, vamos com calma ! São bem simples. Você, provavelmente, já esteve em contato com algumas dessas rochas comuns em muitas residências. 


Existem três principais tipos:


  1. As rochas ígneas ou magmáticas

Onde tudo começou em relação às rochas e de onde, em grande parte, outras derivam. São as rochas oriundas do fogo (ignis) ou do material magmático extravasado do interior da Terra. Quando chegam na superfície, logo esfriam, formando um tipo de rocha - no caso, basáltica. Ou ainda podem esfriar mais lentamente no interior da crosta terrestre (continental ou oceânica) formando os granitos (uma rocha ígnea intrusiva). 


Então, elas podem seguir dois caminhos no ciclo, ou se transformar em rochas metamórficas ou sedimentares.


Para as rochas metamórficas, elas sofrem um processo chamado de metamorfismo. 

Fácil, não? Bem, nem tanto assim! Vamos lá:

O processo de metamorfismo é a mudança externa ou interna na crosta terrestre de rochas submetidas a pressão e temperatura  diferentes do seu estado de formação. Geram com isso outras rochas a partir do rocha matriz (protolito). Mudam nesse processo de estrutura e textura.

Enquanto que para as rochas sedimentares ocorrem alguns processos a mais, até possivelmente gerar uma nova rocha. Das rochas ígneas até às sedimentares ocorrem o Intemperismo - desagregação da rocha, Erosão - agentes do movimento dos detritos, Transporte - meios como água, gelo, vento que encaminham a erosão, Deposição  - assentamento dos grãos, Diagênese - mudança em adaptação a novas condições físicas e químicas, e Litificação - consolidação da rocha.


  1. As rochas metamórficas

Estas são oriundas do processo de metamorfismo acima descrito. Podem vir de rochas ígneas, sedimentares ou mesmo de outras metamórficas. Elas mudam quando é alterado as condições físicas e químicas de sua origem, sendo menos densas que as ígneas e mais que as sedimentares. Normalmente, explicam eventos tectônicas do passado. 

Como exemplo, temos o mármore ou a árdosia (é aquela rocha cinza presente em muitos quintais ou calçadas no SE brasileiro).

No ciclo podem ser transformadas em sedimentares por meio dos mesmos processos (I, E, T, D, D, L) descritos nas Ígneas. Ou ainda podem ser refundidas em magmas, processo denominada anatexia. Assim, os elementos reconfiguram em outra rocha ígnea mais tarde a partir dos constantes movimentos das placas tectônicas vivenciados.


  1. As rochas sedimentares

Por fim e não menos importante, temos as rochas formadas a partir de pequeníssimos fragmentos ou pedaços maiores de rochas. As rochas sedimentares podem estar separadas (clásticos) como na areia de praias ou nas lamas dos manguezais, em suspensão atmosférica (nas nuvens) ou, enfim, litificadas (consolidadas em rocha).

Elas são os produtos na superfície terrestre do desgaste de qualquer outra rocha, inclusive de outras sedimentares. E pelo processo de metamorfismo, podem ser transformadas em rochas metamórficas. Passam pelos processos acima descritos de I, E, T, D, D, L.

Formam cerca de 75% da exposição superficial rochosa da Terra, embora não sejam a maior em quantidades totais (apenas 5%).

Contêm normalmente matérias de origem orgânica (restos de vegetais, animais). Estes geram intenso interesse econômico atualmente, sobretudo por causa do petróleo, gás natural e carvão mineral contidos nos locais de deposição dos sedimentos, chamados de bacias sedimentares. Vale destacar também que são os locais onde são encontrados os fósseis, os vestígios de seres vivos que servem para compreender a origem e a evolução da vida.

Como exemplo do tipo sedimentar, temos o arenito e o calcário. Destacam-se por serem mais porosas do que as demais rochas, assim como menos resistentes.

(Resumo esquemático do autor)

Eis portanto o ciclo existente há muito anos. Por vezes imperceptível ao olhar existencial humano, mas comum na evolução geológica das crostas da Terra.

(Fonte: CYPRIANO, K.M.P., 2020)

Nenhum comentário:

Postar um comentário