Quando falamos de impactos ambientais estamos falando dos impactos no meio ambiente - em geral, de todos os fatores externos que agem de forma permanente sobre os seres vivos que devem buscar se adaptar de alguma modo para então sobreviver. As alterações podem ser levadas em consideração por duas escalas de análise.
Em macroescala geográfica, podemos observar dois fenômenos mais comumente observados e com certa influência dos seres humanos. Primeiramente temos o fenômeno do Efeito Estufa, que consiste na retenção de calor irradiado pela superfície terrestre nas partículas de gases, aerossóis e de vapor d'água na atmosfera. É um fenômeno natural que mantêm a temperatura média no planeta em torno dos 15°C. Habitável assim para diferentes espécies, inclusive a humana, que se adaptaram à temperatura por um longo tempo.
Esse efeito pode ser alterado por diferentes atividades naturais como as erupções vulcânicas, ciclo solares, e também pela influência antrópica (humana).
Esta influência acontece quando algumas práticas humanas nos últimos duzentos anos vêm aumentando os Gases de Efeito Estufa (GEE), os que retêm o calor na atmosfera. O principal deles é o dióxido de carbono, oriundo dos combustíveis fósseis e amplamente utilizado na indústria moderna, é referência para aferir a quantidade dos gases estufa.
Sabe-se por experiências laboratoriais que o CO2 retêm o calor irradiado (infravermelho, comprimento de onda maior) e que alguns satélites capturaram evidências que demonstram essas ondas não escapando para o espaço sideral como outrora. Assim, diante de detecções em diferentes pontos da atmosfera e ainda por escavações paleoclimáticas em geleiras para identificar o passado, realizadas por estudos do IPCC (principal mecanismo científico de avaliação climática no mundo, composto por diferentes especialistas), tem-se a amostra que o CO2 aumentou de forma rápida ultimamente. Junto com demais GEE como o metano, óxido nitroso, entre outros; combinando, justamente, com o período do desenvolvimento industrial.
Assim, intensifica-se o efeito estufa acelerando as mudanças climáticas. As estimativas futuras, com isso, variam de acordo com as práticas humanas nas emissões de poluentes fósseis. A temperatura pode aumentar de 2 a 6°C trazendo consequências danosas, sobretudo para as populações mais vulneráveis economicamente.
Outras consequências são os derretimentos das calotas polares e glaciares de montanhas (diminuição da criosfera), alterações na circulação oceânica (termohalina), acidificação do oceano (30% do CO2 é absorvido pelo oceano), aumento do nível dos oceanos, maior ocorrência de extremos climáticos, etc. (conforme o IPCC, 2013).
Uma alternativa é ampliar o uso de energias renováveis, como a solar e a eólica; diminuir o desmatamento; e um maior uso dos transportes coletivos. Medidas, em geral, que reduzem o uso de combustíveis fósseis ou que sequestram o CO2, no caso das árvores.
Há ainda uma tentativa de desenvolver geoengenharias (IPCC,2013) para mitigar os impactos. Muitas inviáveis, mas podem servir de referência para boas práticas.
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Outro impacto identificado e que já vem sendo mitigado. É o conhecido buraco na camada de ozônio (O3).
A camada de ozônio é uma camada natural da atmosfera no planeta Terra que apresenta um comportamento pequeno de variação na sua espessura natural.
Presente na estratosfera entre 30-50Km de altitude, a camada oferece uma proteção contra a alta incidência da radiação ultravioleta (UVB) oriunda do sol. Sem ela, seriam mais altos os casos de câncer de pele, catarata e uma diminuição da capacidade de fotossíntese das plantas.
A questão veio à tona quando foi descoberto um afinamento/abertura desta camada. Desde então buscou-se explicações para tal evento. Descobrindo-se na década de 1980 a influência, sobretudo dos clorofluorcarbonos (CFCs), numa reação com o ozônio. Eles ascendiam até o nível da camada onde reagiam fotoquimicamente em cadeia.
Feito na década de 1930 e largamente utilizado na fabricação de geladeiras, aparelhos de ar condicionado, aerossóis diversos, etc.; foi reconhecido como causador da anomalia e acordado o fim de seu uso em 1987 no âmbito do Protocolo de Montreal (CA).
Hoje já se encontra banido na fábricas e há sinais de melhora, mas estima-se que a camada de ozônio somente recomponha-se originalmente entre 2050 a 2060. O que serve de exemplo de reequilíbrio alterando um hábitos equivocado.
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