sábado, 15 de agosto de 2020

Impactos Ambientais: Ilhas de calor | Inversão térmica | Chuva ácida | Lixo

Os impactos ambientais em microescala geográfica são constantemente observados, pois fazem parte do cotidiano das cidades. Se você vive em algum centro urbano, é possível que você já tenha sentido algum desses abaixo:

Inversão térmica: É um acontecimento natural da circulação do ar, pois o ar frio, denso que chegue a qualquer momento ficará para baixo do quente. Contudo nos centros urbanos e industrializados, uma camada de poluentes impedirá o ar quente circule para as camada mais frias, permanecendo frio por um período maior que o normal. Provoca, assim, uma concentração de moléculas de poluentes que agravam irritações respiratórias. É normalmente observado no início da manhã em períodos do inverno.

Ilha de calor: É a elevação da temperatura nos grandes centros urbanizados. Ocorre sobre grandes cidades, que têm os solos impermeabilizados pelo asfalto e carros que emitem poluentes tóxicos. Onde possuem concentração de grandes prédios de concreto e a ausência de áreas verdes. Tais condições que dificultam a dispersão de calor. Nesses locais, portanto, a temperatura média é de 3 a 10°C maior que as áreas vizinhas

Chuva ácida: Pela emissão de poluentes ácidos por indústrias, carros, termelétricas, etc., para a atmosfera. Ocorrendo uma foto-oxidação com a água presente nas nuvens e precipitando uma chuva com o ph ácido (abaixo de 7) na própria área e nas áreas ao redor. Destrói plantações e edifícios, acidifica lagos e altera ecossistemas, além de um risco a saúde humana.

O alto consumo dos centros urbanos, nos fazem pensar sobre os resíduos não aproveitados. Para onde vai o seu lixo?  Os lixões são locais onde eram despejados os lixos sem o menor tratamento. A incineração é a própria queima do lixo, mas gera gases poluentes que devem ser tratados. A compostagem é separação de material orgânico, colocado para sofrer uma degradação biológica mais rápida; servindo como adubo. Um dos locais mais buscados para destino dos lixos são os aterros sanitários. É um espaço destinado à deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana, provenientes de residências, indústrias, hospitais, construções. Consiste em camadas alternadas de lixo e terra que evita mau cheiro e a proliferação de animais.  Coleta-se os líquidos e gases, que por sua vez podem ser reciclados ou mitigar ao máximo seus impactos ambientais.

Fonte: Cypriano, K. M. P.

Para entender os fenômenos, acesse: https://youtu.be/c6c5JYwYAB0 e https://youtu.be/K8HU1q16Df0

sábado, 1 de agosto de 2020

Impactos ambientais: efeito estufa, mudanças climáticas e a camada de ozônio

Quando falamos de impactos ambientais  estamos falando dos impactos no meio ambiente - em geral, de todos os fatores externos que agem de forma permanente sobre os seres vivos que devem buscar se adaptar de alguma modo para então sobreviver. As alterações podem ser levadas em consideração por duas escalas de análise.


Em macroescala geográfica, podemos observar dois fenômenos mais comumente observados e com certa influência dos seres humanos. Primeiramente temos o fenômeno do Efeito Estufa, que consiste na retenção de calor irradiado pela superfície terrestre nas partículas de gases, aerossóis e de vapor d'água na atmosfera. É um fenômeno natural que mantêm a temperatura média no planeta em torno dos 15°C. Habitável assim para diferentes espécies, inclusive a humana, que se adaptaram à temperatura por um longo tempo.


Esse efeito pode ser alterado por diferentes atividades naturais como as erupções vulcânicas, ciclo solares, e também pela influência antrópica (humana).


Esta influência acontece quando algumas práticas humanas nos últimos duzentos anos vêm aumentando os Gases de Efeito Estufa (GEE), os que retêm o calor na atmosfera. O principal deles é o dióxido de carbono, oriundo dos combustíveis fósseis e amplamente utilizado na indústria moderna, é referência para aferir a quantidade dos gases estufa. 


Quantidade de emissões de gás carbono observando apenas a geração de energia (Fonte: ONU, 2012)

Sabe-se por experiências laboratoriais que o CO2 retêm o calor irradiado (infravermelho, comprimento de onda maior) e que alguns satélites capturaram evidências que demonstram essas ondas não escapando para o espaço sideral como outrora. Assim, diante de detecções em diferentes pontos da atmosfera e ainda por escavações paleoclimáticas em geleiras para identificar o passado, realizadas por estudos do IPCC (principal mecanismo científico de avaliação climática no mundo, composto por diferentes especialistas), tem-se a amostra que o CO2 aumentou de forma rápida ultimamente. Junto com demais GEE como o metano, óxido nitroso, entre outros; combinando, justamente, com o período do desenvolvimento industrial.



Assim, intensifica-se o efeito estufa acelerando as mudanças climáticas. As estimativas futuras, com isso, variam de acordo com as práticas humanas nas emissões de poluentes fósseis. A temperatura pode aumentar de 2 a 6°C trazendo consequências danosas, sobretudo para as populações mais vulneráveis economicamente. 


Outras consequências são os derretimentos das calotas polares e glaciares de montanhas (diminuição da criosfera), alterações na circulação oceânica (termohalina), acidificação do oceano (30% do CO2 é absorvido pelo oceano), aumento do nível dos oceanos, maior ocorrência de extremos climáticos, etc. (conforme o IPCC, 2013).


Uma alternativa é ampliar o uso de energias renováveis, como a solar e a eólica; diminuir o desmatamento; e um maior uso dos transportes coletivos. Medidas, em geral, que reduzem o uso de combustíveis fósseis ou que sequestram o CO2, no caso das árvores. 


Há ainda uma tentativa de desenvolver geoengenharias (IPCC,2013) para mitigar os impactos. Muitas inviáveis, mas podem servir de referência para boas práticas.

 

(Fonte: IPCC, 2013)


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Outro impacto identificado e que já vem sendo mitigado. É o conhecido buraco na camada de ozônio (O3).

A camada de ozônio é uma camada natural da atmosfera no planeta Terra que apresenta um comportamento pequeno de variação na sua espessura natural. 


Presente na estratosfera entre 30-50Km de altitude, a camada oferece uma proteção contra a alta incidência da radiação ultravioleta (UVB) oriunda do sol. Sem ela, seriam mais altos os casos de câncer de pele, catarata e uma diminuição da capacidade de fotossíntese das plantas.


A questão veio à tona quando foi descoberto um afinamento/abertura desta camada. Desde então buscou-se explicações para tal evento. Descobrindo-se na década de 1980 a influência, sobretudo dos clorofluorcarbonos (CFCs), numa reação com o ozônio. Eles ascendiam até o nível da camada onde reagiam fotoquimicamente em cadeia. 


Feito na década de 1930 e largamente utilizado na fabricação de geladeiras, aparelhos de ar condicionado, aerossóis diversos, etc.; foi reconhecido como causador da anomalia e acordado o fim de seu uso em 1987 no âmbito do Protocolo de Montreal (CA). 


Hoje já se encontra banido na fábricas e há sinais de melhora, mas estima-se que a camada de ozônio somente recomponha-se originalmente entre 2050 a 2060. O que serve de exemplo de reequilíbrio alterando um hábitos equivocado.